Pode parecer estranho, mas Richard Curtis conseguiu fugir um pouco ao lado habitual dos filmes que realiza, com a inclusão de uma componente de ficção cientifica, ainda que ao mesmo tempo mantenha os traços românticos que esperamos dele.
Dá Tempo ao Tempo conta a história de Tim (Domhnall Gleeson), um jovem que no seu 21º aniversário descobre pelo pai (Bill Nighy) que todos os homens na sua família têm o dom de viajar no tempo. Para isso só têm que ir para um local escuro e pensar no exacto momento em que querem voltar.
Entretanto, o grande objectivo de Tim é encontrar a sua alma gémea, conhecendo Mary (Rachel McAdams), e tentando pelo caminho acertar a sua abordagem para tornar as coisas perfeitas.
Tal como esperado, tudo o que podemos esperar de uma comédia romântica de Curtis está aqui. As piadas típicas britânicas são frescas, o amor é lamechas q.b. e a história até tem alguma coerência, salvo as regras impostas para a viagem do tempo serem constantemente quebradas sem grandes consequências.
Com uma realização mais matura que em O Amor Acontece, uma Rachel McAdams adorável e uma química de todo o elenco, não há muito mais a pedir de um filme como este, já que dentro daquilo que nos apresenta deixa-nos sempre cativados. Quem for fã da série popular britânica Doctor Who pode pensar que está perante um spin-off de um universo paralelo, mas com um tom menos geek.
Felizmente, este lado irreal da história dá mais força à moral do filme, que procura que o espectador pense no que realmente nos deveremos focar na vida.
Nota Final: 3/5
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