22 de setembro de 2019

Ad Astra (2019)


A vastidão do espaço é algo que o homem ainda está por conhecer. Durante décadas que a nossa curiosidade de ver além das estrelas no move tecnologicamente, procurando explorar o que existe pelo universo sobre nós. Neste caso, James Gray prepara Brad Pitt para ir até ao fim da galáxia em busca do seu pai perdido, em Ad Astra.

Roy McBride (Pitt) é um homem solitário, sendo um dos melhores astronautas de sempre, capaz de manter os seus batimentos cardíacos controlados sem grande esforço. A sua vida social não é das melhores, com a sua carreira ter sido uma prioridade, enquanto passa grandes períodos de tempo fora do planeta Terra, deteriorando a sua relação com a sua mulher Eve (Liv Tyler). A sua vida muda novamente quando é alistado numa missão ultra-secreta em busca do seu pai, Clifford (Tommy Lee Jones), desaparecido há mais de 30 anos, algures na base do Lima Project em Neptuno e suspeito de ser responsável por diversas descargas eléctricas que causaram vitimas mortais por todo o mundo.


Estando a ver o filme numa sala IMAX, rapidamente nos perdemos pela vastidão do espaço, onde podemos ver todos os detalhes no maior ecrã disponível, que faz realmente parecer que estamos no meio de um documentário, com a vantagem da narrativa conter mistério, contado pelos olhos de um homem que fez tudo para ser o melhor naquilo que faz.

Ad Astra não é apenas visuais brilhantes, contém também um slow burn relativamente intenso, motivado pela necessidade de cumprir a missão a todo o custo. Pitt, com poucos diálogos e uma narração, onde a sua voz é o guia, é capaz de transmitir tanta ou mais emoção que qualquer outro dos seus papéis nos últimos anos da sua carreira, podendo estar ao lado de Tyler Durden de Clube de Combate, com toda a facilidade, ainda que a sua personalidade esteja num oposto polar.


A história do mesmo é uma que nos deixa intrigados pelas suas maneiras, a sua linha de pensamento e como encara as adversidades perante esta missão impossível, onde a relação de pai-filho é posta em causa para um bem maior: a sobrevivência da humanidade. É também uma história sobre a pressão que os filhos têm quando decidem seguir os passos dos seus pais, esperando ser tanto quanto ou melhores que eles e as devidas consequências em chegar a esse ponto.

No fim, Ad Astra é um dos filmes mais visualmente incríveis do ano, proporcionando uma viagem emocional onde nenhum homem conseguiu ir, até agora. O ser humano, na sua demanda em ser uma espécie melhor, sofre na pele para atingir o derradeiro pico da humanidade, mostrando a sua verdadeira força.

Nota Final: 4.5/5

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