23 de agosto de 2018

The Happytime Murders | Pela Hora da Morte (2018)



Desde da década de ’50 que Jim Henson trouxe ao mundo as icónicas personagens d’Os Marretas, que foi formado um culto à volta dos fantoches que sabiam exactamente o que dizer. Mais tarde, foi a Rua Sésamo a dominar a nossa imaginação.

Em 2018, Brian Henson, filho de Jim, teve outras ideias para mostrar o lado perverso da arte performativa com Pela Hora da Morte.

Passa-se num mundo em que fantoches e humanos partilham o mesmo espaço, ainda que exista algum ódio contra eles.

É quando Phil Philips (a voz de Bill Barretta), ex-polícia tornado detective privado se encontra no meio duma série de assassinatos do elenco de The Happytime Gang, que toma rédeas ao mundo em que vive.


Mas nem tudo são rosas. A sua ex-parceira, Connie Edwards (Melissa McCarthy), é a detective principal no caso e os dois terão de trabalhar novamente em conjunto para descobrir quem está por detrás dos crimes.

Contado duma perspectiva do cinema noir, são as piadas grotescas que fazem o prato principal deste filme, desde vermos pornografia com fantochada e muitos palavrões a cabeças de feltro e algodão a explodir.

Da quase hora e meia de filme, são imensos os momentos divertidos e politicamente incorrectos. Podem crer que isto não é um filme para crianças.



Apesar da sua história cliché, Pela Hora da Morte nunca condescende o espectador, um factor importante para sua apreciação. Não há nenhum sentimento de arrependimento por quem fez o filme. Pelo contrário, Brian Henson divulgou recentemente que piadas mais adultas sempre fizeram parte do set d’Os Marretas e Rua Sésamo, mas que naturalmente, nunca foram gravadas.

Pela Hora da Morte é certamente a melhor homenagem ao que Jim Henson criou, deixando aqui a cereja no topo do bolo que é o legado dele.

Nota Final: 3.5/5 (originalmente 7/10)


Originalmente publicado em Central Comics a 23 de Agosto de 2018

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.