Os tubarões têm sido uma espécie de moda, quase da mesma forma como os vampiros também tiveram a sua dose de filmes na última década.
Num mundo em que o Shark Week continua a ser das semanas que os norte-americanos se deixam fascinar por esta criatura marinha e o Sharknado vê o seu fim no sexto filme, a ser exibido em Portugal em breve, é apenas natural que o tubarão encontre um caminho para aparecer novamente no grande ecrã.
Deem as boas vindas ao Meg: Tubarão Gigante!
O filme conta a história dum grupo de investigadores marinhos que descobrem novas espécies sob uma nuvem gelada a quase 11.000 metros debaixo de água. Estes ficam presos depois de terem sido atacados por o que parece ser um tubarão gigante, ou o chamado megalodon.
Liderado por Jonas Taylor (Jason Statham), um homem que deu de caras com o tubarão previamente mas desacreditado como se fosse um louco, a missão de salvamento é um sucesso, mas, no caminho de volta, Meg aproveita a ruptura temporária da nuvem e causa o caos na água.
Statham faz novamente o papel do herói de acção típico, no qual já ninguém o via assim a divertir-se desta forma há anos, fora das sequelas que deu continuidade.
Do outro lado, o elenco variado vai dando cartas para que haja alguma dinâmica, a realização de Jon Turteltaub (O Tesouro) faz o filme andar para a frente a cada 5 segundos, dando um sentido de urgência ao tempo disponível para eliminar a ameaça.
Desde one-liners com piada, a risos nervosos, ver Meg: Tubarão Gigante em IMAX 3D traz alguns benefícios adicionais, sobretudo porque a experiência neste caso é imersiva.
No entanto, o filme também tem algumas inconsistências científicas e outras que causam plot holes do tamanho de uma bola de neve, que força o espectador a acreditar um pouco demais naquilo que está a ver.
Naturalmente, não estamos perante nenhum Tubarão nem nenhum futuro clássico. Aliás, ninguém o espera. Mas há algo estranhamente confortante neste filme que certamente poderá um dia ser de culto, com todo o seu feel de filmes de série-B, mas que faz bom uso do seu orçamento superior.
Apesar dos seus defeitos, é aí que Meg: Tubarão Gigante ganha.
Nota Final: 3/5 (originalmente 6/10)
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Originalmente publicado em Central Comics a 21 de Agosto de 2018
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