4 de maio de 2019

John Wick (2014)


Continuando a saga da reinvenção de filmes de acção, eis que o carismático Keanu Reeves se vê novamente no centro duma revolução chamada John Wick, provando duma vez por todas como ele é capaz de liderar o futuro do cinema. Ou mais ou menos isso.

Reeves é John Wick, um homem que acabou de perder a sua mulher e que a mesma no seu testamento, ordenou que fosse enviado um cachorro para o viúvo tomar conta, dando uma pequena luz de esperança ao fundo do túnel. Mas após um assalto em sua casa, causando a morte da pequena Daisy, John revela que é um ex-assassino e que irá usar os seus talentos para garantir que a sua vingança seja bem sucedida.


Ao longo de uma série de coincidências, a premissa conta que o espectador torça pela sua personagem principal, explorando o lado emocional dum animal morto, onde vamos até ao fim a implorar que John enterre o seu assassino. É através duma série de cenas, que lentamente abrem o mundo onde John era, aparentemente, o melhor dos melhores, sendo ele um homem totalmente focado no seu objectivo. Excepto desta vez as coisas viraram-se contra eles e agora são eles o objectivo principal.

Tal como a trilogia Bourne, como Taken - A Vingança, John Wick abre caminho para a revitalização do cinema de acção norte-americano, baseando a sua narrativa no que foi feito durante os anos '80 e '90, adaptando-os para uma era moderna, sem que haja necessidade de recorrer à nostalgia: John Wick é perfeitamente capaz de se sustentar sozinho.


Isto deve-se ao duo de realizadores David Leitch e Chad Stahelski, que criam um universo com um enorme potencial a ser explorado nas suas sequelas futuras. Isto ao mesmo tempo proporcionando um filme repleto de cenas empolgantes, do inicio ao fim.

A forma com que John age durante os seus vários momentos de violência levam-nos até ao ano 2002, onde Kurt Wimmer tinha deixado o mundo boquiaberto com Equilibrium, um filme pioneiro na mistura das artes marciais com o uso de armas de fogo, o chamado gun-kata. O mesmo é visto neste filme, com John raramente a falhar um tiro no alvo, feito com tanto estilo e substância que é impossível criticar.


Por outro lado, é de mencionar a banda sonora pela mão de Tyler Bates, batendo certo a todos os momentos, inclusive quando introduz pela primeira vez a sua colaboração com Marilyn Manson, com o tema "Killing Strangers", marcando o inicio duma nova era na sua carreira, fazendo do compositor um dos nomes mais interessantes na música.

Deste modo, John Wick é o primeiro passo necessário para preencher o nicho de cinema de acção duma forma apelativa, não apenas àquelas que acompanharam as diversas décadas de filmes protagonizadas por Bruce Willis, Sylvester Stallone, Wesley Snipes ou Arnold Schwarzenegger; introduzindo um novo jogador, capaz de ser mais rápido e letal, digno de estar ao lado deles, deixando-nos a querer muito, muito, mais.

Nota Final: 4/5

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