Para quem conhece Rob Coen, sabe que o realizador de blockbusters do virar do milénio Velocidade Furiosa e xXx - Missão Radical está mais que familiarizado com filmes de acção de alto risco. Coen regressa agora com uma adaptação dum dos best-sellers do autor James Patterson, Eu, Alex Cross.
A personagem de Alex Cross é igualmente uma espécie de Jack Ryan, já que Morgan Freeman também o protagonizou em A Conspiração da Aranha e Beijos Que Matam, este último ao lado de Ashley Judd e agora cabe a Tyler Perry encarar o icónico detective.
Neste novo filme, Cross vê um dos seus membros de família morto por um assassino que se dá pelo nome Picasso (Matthew Fox), onde é forçado a recorrer a medidas extremas para o apanhar.
Na verdade é que o filme não ultrapassa nada que não tenhamos visto recentemente, não surpreendendo de forma nenhuma o espectador. Cumprindo todas as regras dum blockbuster tradicional, o mesmo fá-lo por vezes com algum estilo, mas não suficiente para justificar muitas das coisas. A acção é rápida e por vezes inteligente, contendo-se em jogar pelo seguro quase sempre, comprimindo as centenas de páginas num filme de pouco mais de hora e meia.
Tyler Perry, embora tenha uma actuação medíocre no filme, vai conseguindo dar o seu ar de durão intelectual que a personagem realmente é nos livros, mas falha nas restantes emoções, não sendo nenhum Liam Nesson em Busca Implacável.
Do outro lado, Matthew Fox, mostra aqui a sua faceta mais psicopata como o antagonista da história, mas fá-lo de forma inconsistente, deixando para trás qualquer hipótese de ser um adversário ao nível de Cross.
Eu, Alex Cross tem mais momentos maus que bons, não conseguindo ser o Cross que tanto se ansiava ver no grande ecrã.
Nota Final: 2/5
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Originalmente publicado em Coisas da Interwebs a 3 de Janeiro de 2013
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