31 de dezembro de 2019
Bad Boys II (2003)
A segunda vinda de Bad Boys aconteceu uns meros 8 anos após a sua estreia. Mas neste espaço de tempo, muito no mundo mudou, com o maior ataque terrorista do mundo ter acontecido a 11 de Setembro de 2001. Não tardou até que Michael Bay regressasse com a dupla que o pôs no mapa, no que era na altura um mundo completamente diferente.
Em Bad Boys II os detectives Mike Lowrey (Will Smith) e Marcus Burnett (Martin Lawrence) enfrentam um barão de droga cubano que se dá pelo nome Johnny Tapia (Jordi Mollà), que está a destruir as ruas de Miami com a distribuição de ecstacy. Os rapazes rapidamente se vêem no meio de uma guerra, envolvendo a DEA, uma mortuária e até os Ku Klux Klan.
Ao fim de quase uma década, é bom ver que a parceria entre Mike e Marcus tenha sido fortificada, adaptando ás mudanças do tempo e das tecnologias. Desta vez o Porsche foi substítuido por um Ferrari, onde temos direito a uma das perseguições mais intensas, nem que seja para ouvir o rugido de um dos supercarros mais exóticos da altura em plena auto-estrada.
A isto se adiciona uma componente externa, na forma de Sydney Burnett (Gabrielle Union), irmã de Marcus e agente sob disfarce da DEA, que também está em processo de infiltrar a companhia de Jonnhy Tapia e arruiná-lo de uma vez por todas.
Uma das coisas que podemos reparar em Bad Boys II é que é um filme de extremos, oferecendo momentos altamente divertidos e de grande intensidade, como a perseguição de carros mencionada anteriormente, ao tiroteio entre Mike e Marcus e um gang de haitianos; como de completo nonsense, como todas as cenas demonstradas na mortuária, ou a limpeza de ratos, que frequentemente roçam o mau gosto e que pouco ou nada contribuem para a narrativa principal, estendendo um filme que chega a ser duas horas e meia de demasiada loucura.
Por outro lado, este é capaz de ser um dos filmes mais genuínos de Bay, numa era digital, onde a maior sexualização feminina, a agressividade excessiva, também ela com algumas menções de patriotismo hipócrita, tudo isto no fundo é uma coleção de momentos que acumulados, constroem algum tipo de história que de facto tem os seus altos e baixos, mas que propocionam um sentimento de diversão como poucos filmes conseguem.
Sim, existem alturas em que as a misogonia ou a violência extrema falha, mas também existem alturas onde a dedicação de criar autênticos momentos cinematográficos vêm ao de cima e são esses que triunfam com todo o seu carácter sincero de ser um filme americano com o maior orgulho. Assim, 17 anos depois da sua estreia e a poucas semanas antes do novo filme, Bad Boys II é uma memória em como Michael Bay soube criar com sucesso uma adaptação de um vídeojogo inexsitente.
Nota Final:3.5/5
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