28 de novembro de 2012

Cloud Atlas (2012)


Os irmãos Wachowski estão de regresso e desta vez juntam-se ao realizador de Run Lola Run, Tom Tykwer, numa adaptação do livro homónimo de David Mitchell e considerado um dos projecto mais ambiciosos do cinema até hoje.

Explorando o conceito de como a vida de uma pessoa pode influenciar a de um estranho é o ponto central de Cloud Atlas, em formas temporais muito distantes.

Primeiramente, a divisão do filme em seis histórias diferentes, desde 1849 a 2321, por vezes não é a mais correcta, deixado por vezes o espectador um bocado à toa entre estes momentos, ao reajustarmos para a história que temos naquele momento.
O mais interessante é o facto de haver uma consistência visual pelo filme todo, ainda que este tenha sido realizado por três pessoas diferentes, cada uma com o seu estilo distinto, deixando que a sua duração de quase três horas que passam bastante rapidamente.


As múltiplas interpretações de actores como Tom Hanks, Halle Berry e Hugo Weaving, são sempre bem-vindas quando são assim, encarando eles sempre as personagens do seu tempo, como se não houvesse futuro.

Porém, não estamos perante um filme de viagens no tempo, mas sim de uma obra que está interligada por vários factores.

A mensagem que o filme passa é grande parte deixada ao critério do espectador, com várias pistas e detalhes deixados pelo meio e recorrer à imaginação numa eventualidade.

No fim, Cloud Atlas é o grande épico dos Wachowski, longe das origens de O Matrix e o festim colorido de Speed Racer, enquanto que Tykwer volta a ser novamente uma figura relevante.

Nota Final: 3/5


Originalmente publicado em Coisas da Interwebs a 28 de Novembro de 2012

Rise of The Guardians | A Origem dos Guardiões (2012)


A Dreamworks volta à acção agora com o novo filme com um enorme espírito natalício (se calhar demasiado para o seu próprio bem…), com A Origem dos Guardiões.

Acompanhamos nesta aventura o Pai Natal (Alec Baldwin), com tatuagens e um sotaque russo, a Fada dos Dentes (Isla Fisher), o João Pestana e o Coelho da Páscoa australiano (Hugh Jackman). A juntar-se a esta aventura, temos Jack Frost (Chris Pine), que no fundo ninguém quer saber…
Entretanto, temos o nosso antagonista, Pitch (Jude Law), que vem estragar tudo o que é de bondoso neste mundo.

A narrativa simples e frágil é facilmente ultrapassada com a enorme quantidade de detalhes que existem pela hora e meia de filme. Coisas como a relevância da Fada dos Dentes na nossa infância, ao trenó do Pai Natal ter sofrido algumas modificações, ao Coelho da Páscoa pintar os seus próprios ovos. Todos estes detalhes, por mais que pequeno que sejam, remontam para uma infância feliz.


Os momentos cómicos que os filmes da Dreamworks nos habituaram, não acontecem com tanta frequência como expectável, comparado com outros filmes do estúdio. Mas quando há, são com muita piada, onde até os mais mal humorados certamente irão sair com alguns risos. A isto acompanha-se uma animação bastante fluída, sobretudo nos momentos importantes em 3D.

No fim, ficamos com uma sensação um bocado agridoce por sentimos que poderia ter havido muito mais a ser explorado, nem que fosse mostrado discretamente ao fundo.

Melhor que Bee Movie - A História de Uma Abelha, mas nem chega perto a Madagáscar ou Shrek, A Origem dos Guardiões é um filme mediano que merecia melhor.

Nota Final: 2.5/5


Originalmente publicado em Coisas da Interwebs a 28 de Novembro de 2012

22 de novembro de 2012

End of Watch | Fim de Turno (2012)



David Ayer regressa em força com mais um filme de polícias em Los Angeles, algo do qual ele é bastante especialista.

Em Fim de Turno, Brian (Jake Gyllenhaal) e Mike (Michael Peña) são dois agentes da polícia da esquadra de South Central de Los Angeles, uma parte da cidade predominantemente hispânica. É quando os agentes, ao confiscarem algumas armas e dinheiro de membros dum cartel, estes são marcados para a morte, tendo agora que sobreviver os ataques.

Aqui, Ayer mostra novamente a parte da cidade de Los Angeles que continua a ser dura e impecável, com o perigo a virar a cada esquina, onde um tiroteio é apenas mais um dia no escritório.



Num formato de found-footage, que é completamente argumentada com Brian ter que seguir uma cadeira extra-curricular enquanto estuda para ser advogado, este decidiu escolher Cinema. Sendo assim, muita da acção é vista na primeira pessoa e vivida ao mesmo tempo com eles.

Do outro lado, temos a participação de Anna Kendrick, que alivia os imensos momentos de acção, dando assim um bocadinho de espaço para recuperar. Esse alívio não dura muito, pois os últimos 20 minutos de filme são possivelmente os mais intensos do ano, com uma grande cena de acção. Tudo sempre com o apoio no found footage, tornando a experiência bem mais realista, tal como queremos.

No fim, percebemos que David Ayer sabe fazer, e bem, filmes de polícias. A ver o que mais vem daí!

Nota Final: 4/5


Originalmente publicado em Coisas da Interwebs a 22 de Novembro de 2012

The Perks of Being a Wallflower | As Vantagens de Ser Invisível (2012)


Um dos filmes independentes mais esperados do ano, As Vantagens de Ser Invisível é um filme tocante; com a adaptação a ser feita pelo próprio autor, Stephen Chbosky que é também o escritor e realizador da película.

Quando Charlie (Logan Lerman), um jovem de 15 anos, consegue ser socialmente invisível ao ver a vida do lado de fora, este conhece Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), que irão lhe mudar a vida por completo e mostrar que existe um mundo por descobrir.

Com as personagens bem introduzidas, feita de forma gradual e orgânica, apenas Sam é que parece ser a que conhecemos de forma mais apressada, dando a sensação que não a conhecemos tão bem quanto os restantes membros do gang.


Existem partes da narrativa que passam um pouco a correr também, como a doença de Charlie, que inesperadamente parece querer extender um filme que poderia ter terminado mais cedo com o plot principal.

Do outro lado, o filme é tem momentos de comédia genial tirados directamente das páginas do livro, tornando as num sonho de qualquer fã.

Finalmente, Ezra Miller é a grande estrela deste filme, com a sua personalidade mais extrovertida, balanceado e bem as restantes personagens à volta dele, muitas vezes de forma contagiosa.

Assim, As Vantagens de Ser Invisível procura um espectado capaz de passar um bom bocado com o coração e a mente aberta, Só assim é capaz de apreciar todos os detalhes.

Nota Final: 4/5


Originalmente publicado em Coisas da Interwebs a 22 de Novembro de 2012.

Pitch Perfect | Um Ritmo Perfeito (2012)


Anna Kendrick está novamente na ribalta, numa altura em que a actriz não consegue passar mais de despercebida entre o público. Aqui num registo diferente, Kendrick mostra o seu lado mais musical em Um Ritmo Perfeito.

Depois de ser forçada a ir à universidade em vez de seguir o que realmente quer, ser DJ, Beca é descoberta por uma membro do grupo The Bellas, que depois do fracasso do ano passado no concurso nacional de acappella, querem lutar pelo título, na derradeira batalha musical.

Beca junta-se assim a um leque de raparigas, muito diferentes entre si, que compõem um grupo com personalidades variadas e propiciam situações muito cómicas.


Um Ritmo Perfeito tem vários bons momentos, decantando a batalha entre o grupo masculino, Os Treblemakers, onde ouvimos um leque variado de temas populares e somos brindados a ouvir Kendrick a cantar rap. Vale a pena!

Longe de ser um High School Musical, a série de televisão Glee parece ser a coisa mais próxima para comparar, mas ainda assim, Um Ritmo Perfeito cria assim algo muito seu, com o grande elenco que tem e as personagens que vestem, oferecendo momentos de grandes risos e muita cantoria

Para quem procura um bom feel-good movie, irá certamente o encontrar aqui.

Nota Final: 4/5


Originalmente publicado em Coisas da Interwebs a 22 de Novembro de 2012.