17 de fevereiro de 2019

Alita: Battle Angel | Alita: Anjo de Combate (2019)


Continuando a saga de adaptações de obras orientais para o ocidente, Alita: Anjo de Combate, baseado na série de mangá de Yukito Kishiro, lançado inicio dos anos '90, foi um projecto idealizado para James Cameron ao virar do milénio. Mas este, entre todos os compromissos que tinha em mãos, principalmente a sua galinha de ouro Avatar, decidiu alistar Robert Rodriguez no que é, efectivamente, o seu primeiro grande blockbuster.

O ano é 2563 e Dr. Dyson Ido (Christoph Waltz) encontrou um corpo cibernético feminino durante uma visita no ferro-velho. Este leva-o para casa e reconstrói o cyborg, que não parece ter memórias do seu passado, ao qual Ido lhe dá o nome de Alita, depois da sua filha falecida.

Alita (Rosa Salazar) age como uma adolescente relativamente normal, vivendo agora num mundo destruído pela guerra, onde os plebes vivem cá em baixo na Iron City, e os da alta sociedade vivem lá em cima, em Zalem. Alita rapidamente descobre que existe algo dentro de si para além que todos pensámos, tendo ela uma habilidade incrível a fazer artes marciais, enquanto descobre que a sua vida também tem alguns segredos.


Para trazer vida ao universo de Yukito Kishiro, foi preciso quebrar alguns limites e utilizar tecnologia de ponta para tornar este sonho realidade, com Rosa Salazar a utilizar uma tecnologia de captação de movimentos de forma que a Alita fosse encarada da forma mais real possível, onde a imersão neste vasto mundo é algo que conseguimos sentir com muita facilidade.

Sendo este oficialmente o maior blockbuster que Robert Rodriguez, realizador que vem de origens humildes e grande defensor do cinema de baixo custo, o mesmo ainda consegue manter o seu estilo criativo, ao qual esperamos ver, numa dimensão muito maior, algo que Rodriguez faz com toda a naturalidade.

Existindo uma multitude de temas sociais abordados, típicos de filmes deste género, uns tendem mais aprofundados que outros, deixando-os passar com uma superficialidade em preferência à história presente e os visuais deslumbrantes, deixando em aberto a possibilidade de serem abordados numa possível sequela.


Da mesma forma que muitas das personagens parecem ser interessantes, todas aparentam ser temporárias, podendo facilmente terem sido encaradas por outros actores, ou até terem tido objectivos mais relevantes que apenas servir o propósito de Alita. Exemplo disso é a história de amor que ela tem com Hugo (Keean Johnson), que muito pouco acrescenta ao filme.

Isto para não dizer que Alita: Anjo de Combate não seja um bom filme, pelo contrário. É um filme entusiasmante, com muito coração dentro dele e uma narrativa razoavelmente construída, ainda com um final que deixa mais perguntas que respostas, esperando uma sequela muito em breve. Acima de tudo, Alita é um excelente serão no cinema, com um bom balanço de géneros que de certeza farão querer mais.

Nota Final: 3.5/5

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