9 de fevereiro de 2019

The Man Who Killed Hitler and Then The Bigfoot (2018)


Há pessoas pelo mundo que têm grandes feitos sob o seu nome e que são reconhecidos pela sua contribuição à sociedade, fazendo do mundo um lugar melhor. No entanto, muitos outros não aparecem nos livros de história, ou vêem as suas acções a terem uma narrativa alternativa, pois a verdade é demasiado complicada. É neste último que Robert D. Krzykowski escreve e realiza The Man Who Killed Hitler and Then The Bigfoot, com Sam Elliot a encarar o homem que mudou o rumo da história para sempre. Nós é nunca sabíamos.

Calvin Barr (Elliot) é o herói desconhecido por ter assassinado Hitler, impedindo que o tirano alemão pudesse continuar o seu reino de terror. Mas esse facto pesa sobre Calvin e conhecemos um homem cuja responsabilidade pesa-lhe sobre os ombros, trazendo ao de cima sentimentos de culpa e arrependimento. Num revirar da história, existem pessoas a serem encontradas mortas numa floresta no Canadá, com a confirmação que o governo pode apenas confiar num só homem, quando é revelado que é Bigfoot quem anda as a matar.


Para um filme cujo título esclarece todos os pontos da narrativa, o mesmo que soa tão ridículo quanto fixe, esperamos de facto um filme que apele ao lado mais extraordinário dos filmes de série-B, com one-liners, cenas de acção over-the-top e muito divertimento. Mas The Man não é nada disso, nem de perto. O que temos aqui é um filme dramático, com o objectivo de levar a sério os feitos deste homem e a suas capacidades únicas de eliminar ameaças, duma forma pensada e muito bem planeada. 

Infelizmente, também não vemos muito nem de Hitler, nem do Bigfoot, focando antes na vida presente que Calvin leva e os pensamentos que vão dar aos caminhos mais tristes da sua mente, retirando qualquer pitada de divertimento que um filme deste género poderia ter. Esta falta de sentido de aventura, prejudica este filme de tal forma que o interesse desce a cada momento, culminando com meia dúzia de cenas de confronto com o Bigfoot, que mesmo essas, não chegam sequer para compensar a enorme carga dramática que The Man tem.


No fim, invés de explorar o conceito relativamente absurdo, algo Robert D. Krzykowski poderia fazer sem dificuldade, já que demonstra ter uma sensibilidade cinematográfica para contar uma boa história; The Man Who Killed Hitler and Then The Bigfoot é um drama com elementos imaginários, perdendo-se no meio de muitos outros dramas. É de aplaudir a presença de Sam Elliot, e o esforço por introduzir ideias novas, que neste caso em particular, não ressonado tão bem quanto a intenção.

Nota Final: 2/5

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