Jean-Michel Basquiat foi um dos grandes artistas numa fase em que Nova Iorque estava à beira do colapso. Visto como um poeta e um artista de graffiti por alguns, por outros ele era algo completamente diferente.
É assim que Sara Driver aborda o legado do artista antes da sua fama, em Boom For Real: A Adolescência Tardia de Jean-Michel Basquiat.
Há um certo mistério, não apenas sobre Basquiat, mas como também a cena artística de Nova Iorque nos anos ’70 e ’80, onde a ressurgência do punk rock, do hip hop e new wave marcaram a música e todo o movimento que com ele levou.
Sem-abrigo, a tela de Basquiat eram as ruas da cidade, onde criou inicialmente a marca SAMO (de Same Old Shit), que rapidamente deixou uma impressão em todos que reparavam nas suas obras. Mas este não era só um génio com as palavras.
Ao longo da sua carreira inicial, dito carreira que passou como desconhecido, Basquiat aventurou-se através doutros meios e outras técnicas, agarrando sempre a inspiração quando lhe surgia.
É através das vozes de amigos e conhecidos do artista que o conhecemos duma forma bastante íntima, desde histórias que revelam a sua personalidade peculiar, a como este interagia com a cena artística criada nos bairros pobres e abandonados duma das maiores cidades do Mundo.
Toda esta história é contada duma forma crua e bastante honesta, que juntamente com várias fotografias e vídeos nunca antes vistas, pintam uma imagem do homem e da sua mente criativa.
Infelzmente, Basquiat faleceu com 27 anos, devido a uma overdose de heroína, porém o filme afasta-se por completo desse aspecto, deixando assim uma oportunidade de ficarmos com a impressão correcta do legado de Basquiat, como um artista verdadeiramente talentoso e único.
Nota Final: 4/5 (originalmente 8/10)
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Originalmente publicado em Central Comics a 13 de Setembro de 2018
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