Continuam a ser muitos os filmes de acção que exploram continuamente todos os elementos clássicos do género, com tiros, explosões e one-liners, tal como eram os anos ’80 e ’90.
Golpe Final é um desses, mas não é mais um no meio de muitos.
Quando Michael Knox (Dave Bautista), um ex-soldado visita a família do seu falecido amigo militar, este leva a filha dele para o último jogo a decorrer no Boleyn Ground, o famoso estádio britânico do West Ham United. As coisas dão uma reviravolta quando se vê numa missão para proteger os 35,000 fãs a frequentar o evento, pois existem terroristas em busca dum homem que presumiam como morto.
Primeiro, é importante referir que este filme existe porque o estádio estava previsto ser demolido e o realizador, Scott Mann, viu uma oportunidade incrível para aproveitar a deixa e incluir cenas alucinantes.
Dito isto, todas as comparações com com o clássico Assalto ao Aranha-Céus, com Bruce Willis, são completamente válidas, mas não que isso lhe impeça de brilhar com todas as suas cenas de acção irreverente e as suas personagens bi-dimensionais.
Apesar de tudo, o grande destaque vai para Bautista, que entre as suas aparições em filmes de orçamentos em ambos lados do espectro, vai conseguindo deixar para trás a ideia de wrestler-tornado-actor, tal como The Rock tem feito há quase década de meia. Da mesma forma que os veterano Ray Stevenson e Pierce Brosnan já sabem bem aquilo em que estão envolvidos, naturalmente representando com toda a fidelidade as personagens-tipo que vestem a pele.
Atrás estão uns tantos outros ditos capangas estereotipados até mais não, sem esquecer um homem maior que Bautista e tatuado dos pés à cabeça, que claro, envolvem-se numa luta mano-a-mano, desta vez numa cozinha, onde o uso de utensílios é bastante criativo.
São várias as cenas de acção, todas elas bastante entusiasmantes, enquanto vibramos com um jogo de futebol a decorrer como pano de fundo, onde acabamos por poder simplesmente apreciar todos os aspectos deste Golpe Final. Sejam os tiroteios, as teias da conspiração ou os diálogos à macho, há aqui um pouco de tudo para que possa ser apreciado, incluído uma fabulosa cena de mota! E explosões, muitas explosões.
No fim, só há um grande vencedor no meio disto tudo e é o Boleyn Ground, que terminou a sua vida numa nota alta antes de ser demolido e que agora o terreno irá dar lugar a um condomínio fechado…
Nota Final: 3.5/5 (originalmente 7/10)
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Originalmente publicado em Central Comics a 19 de Setembro de 2018
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