13 de janeiro de 2020

Skyfall | 007: Skyfall (2012)


Surpreendentemente, ao fim de 6 anos o mundo ainda não tinha decidido o que achar do novo James Bond, com a sua estreia em Casino Royale a ser aplaudida e Quantum of Solace a ser descartado, e com boas razões. Foi por isso que Skyfall tinha a o peso da responsabilidade de salvar Bond, não só a redimir-se e provar quem nunca acreditou em Daniel Craig, como ser o filme comemorativo dos 50 anos do agente secreto mais famoso do mundo. Para isso Sam Mendes foi o realizador enlistado, que até aqui não tinha experiência em filmes de acção, tomando assim um grande risco.

Após o roubo de um disco rígido, contendo as identidades de agentes sob disfarce que estão activos, e o subsequente roubo de informação dentro do MI6, a lealdade de M (Judi Dench) é posta em causa pelo governo britânico. Forçada a enviar um Bond, que não está a 100%, em busca do responsável pelos ataques, nenhum segredo será mais escondido.


Estamos de facto perante o que podemos considerar o melhor filme de James Bond até à data, fazendo mais que o suficiente para fazer esquecer a confusão do filme anterior. Com duas horas e meia, o filme vai-se dividindo em momentos que juntos prosseguem por um lado inovador, mas homenageado tudo o que a série fez durante os últimos 50 anos.

O foco principal em Skyfall são as personagens e a forma como elas reagem com o mundo a descair à sua volta. Enquanto M está sob pressão de solucionar um problema que aparenta perseguir, Bond está mais velho e com alguns problemas de forma, não conseguindo ser o melhor agente que sabemos que é. A interacção entre os dois, quase numa relação de mãe e filho, revelam um lado pessoal e emocional, jamais visto.


A isto se junta o brilhante vilão, Silva (Javier Bardem), que absolutamente empodera qualquer cena com a sua presença. Sendo um homem de tanto zangado como carismático, é igualmente a sua inteligência e capacidade de ver a grande imagem antes dos seus oponentes. Do outro lado estão não uma, mas duas Bond Girls, na forma de Severine (Bérénice Marlohe), cuja emoção é aprofundada com toda a sua história; e Eve (Naomie Harris), a agente parceira do MI6 e de Bond, que mostra ser uma mulher de armas. Finalmente, a reintrodução de Q (Ben Whishaw), é das mais esperadas e bem-vindas, com a sua assistência tecnológica.


Sam Mendes traz ao de cima todos os elementos que adoramos sobre os filmes de espiões, desde a acção e aventura, à intriga e o mistério, apoiado por um visual repleto de um estilo muito próprio e apropriado; agarrando tudo o que tinha começado em Casino Royale e explorando até a um novo nível, provando estar muito confortável nesta versão amplificada, onde todas as personagens têm a sua contribuição e importância. Bond está novamente de volta e melhor que nunca!

Nota Final: 4.5/5

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