Por vezes, as pessoas que mais gostamos podem revelarem ser piores do que alguma vez imaginamos. É o que fazemos com essa revelação que conta e neste filme da Netflix, The Babysitter, descobrimos um grupo curioso de personagens e uma babysitter com intenções inesperadas.
Cole (Judah Lewis) é um rapaz que se vê numa situação muito estranha com Bee (Samara Weaving), uma babysitter atenciosa e divertida. Numa noite em que os pais de Cole os deixa sozinhos, este descobre o que acontece depois de ir dormir, quando vê um grupo de estranhos na sua sala, acabando numa aventura pela sua própria sobrevivência.
A curiosidade inata que o filme estabelece desde cedo deixa-nos colados ao ecrã, nem que seja ao cairmos pelo encanto de Bee, retratada como a imagem da perfeição, mas que esconde um grande segredo. E quando esse é descoberto perante os nossos olhos, todas as expectativas que poderíamos ter num filme que aparentava ser apenas mais um slasher de adolescentes no meio de muitos, acaba por ser algo muito mais interessante, com choque atrás de choque ao nosso sistema vulnerável.
Talvez aquilo que faça deste filme tão divertido, é o seu elenco variado de caras conhecidas, suportadas por pseudo-estereótipos e as suas qualidades auto-depreciativas, como se de uma paródia tratasse. Com ele, contamos com Max (Robbie Amell), o jovem musculado, desportista e com um ego inflacionado; Sonya (Hana Mae Lee), a asiática cirurgicamente estranha; Allison (Bella Thorne), a cheerleader fútil; e John (Andrew Bachelor), o negro que, apesar de tudo, recusa-se a conformar com o género que normalmente o mataria primeiro.
Existe uma cena entre Max e Cole, que interrompe a violência sádica constante no filme, onde o musculado força-lhe a confrontar o seu bully, como se de um irmão maior se tratasse. É uma cena altamente inesperada, e muito querida no filme, apesar de ser curta e resumir devidamente aquilo que estava a fazer. Há até tempo para uma pequena história de amor com a crush de Cole, Melanie (Emily Alyn Lind), que pede para ser mais visto.
Assim, The Babysitter é um filme de puro divertimento, com a grande qualidade de se poder assistir novamente vezes sem conta, sem que este perca a sua alma. Existe uma mensagem qualquer no meio sobre confiança, amor adolescente e auto-estima, mas por mais que tente mostrar o seu lado mais normal, há sempre um homicídio maníaco à espreita, pronto para fazer esquecer qualquer ideia séria que possamos ter perante o filme, de uma forma que só McG sabe fazer, com um slasher de grande eficácia.
Nota Final: 4/5
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