Com a quantidade de novos títulos adicionados à Netflix numa base semanal, é fácil deixar escapar alguns filmes que têm um enorme potencial de entretenimento puro, onde a diversão reina acima de tudo. Foi o caso de The Babysitter, que em 2017 tornou-se num dos filmes mais divertidos, mas menos falados no catálogo. O seu sucesso de nicho garantiu que McG fizesse uma sequela, com The Babysitter: Killer Queen.
Dois anos após os eventos sádicos, Cole (Judah Lewis) continua a viver a sua vida com o trauma da noite que a sua ama lhe traiu. Com o apoio da sua amiga Melanie (Emily Alyn Lind), este convence-o a ir até uma festa no lago, com o seu namorado Jimmy (Maximilian Acevedo) e os seus amigos Boom-Boom (Jennifer Foster) e Diego (Juliocesar Chavez). Mas numa reviravolta inesperada, o culto de sangue regressa, em busca novamente por Cole.
Tal como da última vez, a reviravolta que inicia o festival de morte, vem de uma forma tão inesperada, que quando dão por vocês, quase parece que foram atingidos por um camião; e apesar do seu registo algo repetitivo no que toca à estrutura da narrativa, existem novos elementos capazes de meter o filme lado-a-lado com a sua prequela.
Começando com a introdução de Phoebe (Jenna Ortega), uma nova aluna inserida num programa de reabilitação, que apresenta um lado mais rebelde à série, que tanto necessitava. Phoebe é acompanhada com muito mistério durante grande parte do filme e a sua química com Cole, faz com o regresso do membros originais do culto sejam mais dinâmicas, sobretudo quando fazem referências do filme anterior ou da cultura-pop em geral, ainda que algumas destas sejam relativamente datadas.
Entretanto, os novos cenários forçam uma fuga criativa, recorrendo a alguns truques de tanto divertidos como perigosos, onde não falta todo o sangue e gore que vai para além do esperado, conseguindo balancear um filme que, noutras circunstâncias, teria tudo para falhar. Mas McG e a sua equipa de argumentistas, da qual Brian Duffield não regressou, conseguiram expandir o pequeno universo de The Babysitter por caminhos diferentes, mas não inteiramente novos, realizando o que é talvez uma das séries de comédia-terror na era moderna do streaming.
Assim, The Babysitter: Killer Queen, é um filme deliciosamente focado em oferecer um espectáculo sangrento, onde novas e velhas personagens juntam-se para completar o ritual que lhes é devido. Mesmo tendo algumas falhas superficiais à vista, estes são compensados com uma aventura emocionante, repleto de risos e um bom serão, impossível de desgostar.
Nota Final: 4/5
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