9 de agosto de 2019

The Mask | A Máscara (1994)


Corria o ano de 1994 e The Mask fazia algum furor pelos fãs de banda desenhada, com a sua personagem caricata, que tinha tanto de cómico como de violenta. Com a adaptação de Batman por Tim Burton ter iniciado um dos grandes movimentos de filmes de super-heróis, era a altura ideal para A Máscara mostrar uma versão mais amenizada de si mesmo no grande ecrã.

Stanley Ipkiss (Jim Carrey) é um banqueiro com uma vida monótona e o eterno good guy das raparigas. Mas a sua vida dá uma volta de 180º quando se depara com uma máscara que lhe transforma no Máscara, uma personagem super-poderosa e extrovertida que se mete no caminho de Dorian (Peter Greene), um mafioso psicopata em busca de vingança. Pelo meio Stanley conhece Tina (Cameron Diaz), uma bailarina-cantora com muito encanto, e Lt. Mitch Kellaway (Peter Riegert), um polícia a tentar fazer sentido de tudo.


É de notar que este filme está repleto de primeiros, já que este filme conta com a estreia de Cameron Diaz no cinema, fundamentalmente lançando uma carreira imparável durante os anos '90 e '00. Da mesma forma que este foi o primeiro duma longa linha de filmes de grande sucesso, inclusive tendo tido a oportunidade de ser um antagonista noutro filme de banda desenhada, como The Riddler em Batman Para Sempre.

É claro como A Máscara poderá ter sido um brilhante ponto de partida para carreiras de grande sucesso, já que este filme bate em todos os pontos pedidos para um bom serão no cinema. Desde o Coco Bongo Club, com o seu brilho e glamour, este clube induz um sentimento nostálgico, algo que é apreciado pelos seus vários detalhes na música e no guarda-roupa, representativo ao o que era a vida nocturna nos anos '90.


Existe um certo misticismo à volta da máscara, algo que abordado muito superficialmente, talvez para não aborrecer o que é definitivamente um dos filmes mais divertidos de sempre, mas que não deixa de ser interessante de ver, apontando que a sua representação tem ligação a Loki, o Deus das Travessuras, algo que anos mais tarde se materializava nos filmes da Marvel.

Falando em Marvel, é aparente que A Máscara foi de facto uma espécie de Deadpool antes de o anti-herói ser popularizado, que na banda desenhada apareceu no mesmo ano que a estreia deste filme, e até hoje, ambos tiveram um merecido crossover que seria certamente interessante de ver.


Tudo em A Máscara bate, em grande parte, certo. Desde dos visuais neo-noir, à exploração do ridículo através da comédia, aos inúmeros momentos musicais que se representam hoje como clássicos memoráveis. A aposta do afastamento da violência gráfica do seu material base, favorece um filme cuja simplicidade garante um bom entretenimento. No entanto, 25 anos após a sua estreia, algumas cenas mostram-se datadas, mas tudo em bom espírito de 1994.

São poucos os filmes capazes de manterem a sua relevância no cinema moderno, com esta adaptação liderada por Chuck Russell, que acabaria por ter uma reportório bastante variado nos anos seguintes; onde uma das personagens mais caricatas acabaria por marcar uma geração inteira. Felizmente, não foi feita uma sequela directa, mas as aventuras continuarem como uma série de televisão animada, que manteve o tom acessível e divertido do filme original.

Nota Final: 5/5

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