8 de junho de 2020

Banana Split (2020)


Em 2018, Hannah Marks e Joey Power mostraram ao mundo uma história emocional sobre um casal em dificuldades, em Depois de Tudo, provando ser uma das duplas mais promissoras em Hollywood, para toda uma nova geração de audiência à procura do próximo filme que se consigam relacionar. Poucos meses depois, mostraram num festival em Los Angeles (e lançado apenas este ano) o seu segundo trabalho, Banana Split, que mais uma vez faz brilhar os seus talentos de escrita, desta vez realizado por Benjamin Kasulke, na sua estreia nas longas-metragens.

April (Marks) e Nick (Dylan Sprouse) são um casal que se conhece no secundário, mas a deterioração da sua relação ao longo de dois anos faz com que acabem por terminar e seguir os seus próprios caminhos. Isto até April sabe que Nick tem uma namorada nova, Clara (Liana Liberato), da qual persegue uma amizade que rapidamente vai muito para além do rapaz que têm uma ligação em comum.


O que aparenta ser inicialmente uma história de vingança fútil contra "a outra" que roubou o namorado, acaba por revelar ser algo muito sincero sobre as relações pessoais que podemos ter com as pessoas e encontrar um meio termo, apercebendo que não existe uma culpa por outra pessoa estar com o nosso ex-companheiro e que, por mais estranho que possa parecer, podemos ser civis e acabar por florescer uma boa amizade com essa pessoa. Esta em particular é muito próxima, com April e Clara a desenvolverem uma preocupação genuína uma com a outra, algo que se vai tornando complicado à medida que se apercebem da estranheza da situação onde estão, dando a oportunidade de ver por uma perspectiva adolescente uma outra forma de abordar os ciúmes e como tornar isso em algo diferente e, talvez, mais positivo.

Levado com menos seriedade do que seria esperado permite que sejam muitos os momentos de risos, sobretudo de Susan (Jessica Hecht), a mãe de April, que tenta ser um ombro para apoiar a filha durante esta altura, oferecendo uma boa dose de realidade, para que cresça em direcção de algo. Igualmente, o drama teenager está mais que presente noutros aspectos, em forma de amigos que não entendem como April e Clara são capazes de se darem tão bem, e uma aparição muito especial de Jacob Batalon (o Ned dos filmes recentes do Homem-Aranha), como o gerente do cinema onde April trabalha.


Todos estes elementos, e mais alguns, fazem com que Banana Split seja um filme cheio de coração, sem medos de exprimir os seus verdadeiros sentimentos, algo que Hannah Marks e Liana Liberato conseguem fazer perfeitamente, levando-nos com elas ao longo de um versão muito colorido na Califórnia. Um brinde para mais Verões assim!

Nota Final: 3.5/5

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