Mary Elizabeth Winstead não tem tido o reconhecimento devido, sendo uma das actrizes mais secretamente talentosas em Hollywood, passando frequentemente de despercebida pelo grande público. A actriz sempre foi bem recebida por aqueles que viram o seu trabalho, mas é com a mais recente obra, All About Nina, que Winstead mostra as suas verdadeiras cores.
Nina Geld (Winstead) é uma comediante em Nova Iorque, cujo o seu talento no stand-up é infinitamente melhor que a forma que lida com a sua desastrosa vida pessoal. Tendo a oportunidade de ir para Los Angeles candidatar-se a uma audição que poderá mudar a sua vida, Nina inicia uma viagem de introspecção. onde pelo meio conhece Rafe (Common), um homem capaz de desafiar a sua percepção dos homens.
Há uma abordagem aberta e sincera que o argumento e a realização na estreia de Eva Vives nas longas-metragens. Somos convidados a conhecer uma pessoa com problemas graves na sua vida, como estar numa relação abusiva com um homem casado, que não deveriam converter a sua personalidade em alguém capaz de fazer uma vida a contar piadas. Sem Winstead, Nina jamais teria tido o mesmo impacto emocional, já que o alcance da felicidade à miséria, estão à mercê de apenas um mau pensamento. Prova disso é o monólogo final, onde Nina expõe a sua alma em carne viva, para todos a verem o seu sofrimento, numa situação que deveria ter sido a oposta.
Tendo em conta que em 2019 já vemos outras formas de procurar um parceiro amoroso, desde aplicações no smartphones, é refrescante vermos uma relação a ser criada organicamente, à base duma dose surpreendente de honestidade e sem qualquer tipo de pressão; algo que é capaz de nos cativar em ver o seu desfecho. É impossível não apreciarmos este lado humano de All About Nina, onde toda a fórmula de comédias-românticas é posta de lado para dar espaço a uma realidade que poderá ser comum, retratando a vida duma forma fácil de nos relacionarmos. duma forma ou doutra.
Assim, All About Nina é visto não só como uma das estreias mais interessantes do cinema actual, por parte de Vives, como também o filme onde vimos Mary Elizabeth Winstead como nunca a vimos antes, no que será certamente um papel para a vida, sendo possivelmente ser a única vez que veremos a actriz nestes modos, num ensaio onde a sinceridade genuína está em cima de todos os outros sentimentos.
Nota Final: 4/5
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