20 de janeiro de 2019

Close (2019)


Quando Bodyguard, uma série da BBC lançada em Outubro do ano passado, da qual a Netflix tem os direitos de distribuição fora do Reino Unido, foi um tremendo sucesso entre os subscritores, não é surpresa que a plataforma quisesse capitalizar esse feito com um novo filme dentro do mesmo género. Desta vez com Noomi Rapace no centro, em Close.

Neste filme realizado por Vicky Jewson, acompanhamos a vida de Sam (Rapace), uma guarda-costas dura e feroz, especialista em contra-terrorismo. O seu talento é reconhecido quando é chamada para proteger Zoe (Sophie Nélisse), uma jovem herdeira duma fortuna vida da exploração de minas. Nenhuma das duas está propriamente contente com a presença uma da outra, até que uma tentativa de rapto de Zoe as une, enquanto andam fugidas.


Se em alguma altura tínhamos dúvidas de o quão intimidante Noomi Rapace pode ser, já com uma filmografia recheada de papéis que provam ser uma grande protagonista, vindo de filmes como a versão sueca da trilogia Millennium ou Prometeus; do outro lado Sophie Nélisse insiste em ser uma vítima altamente irritante, não largando a teimosia mesmo em situações entre a vida e a morte, arriscando levar um tiro sempre que pode.

Ao fim de meia hora, Close, rapidamente se torna aborrecido, apenas voltando a ganhar a atenção nas várias cenas de acção onde Sam anda à tareia com meia dúzia de polícias, mercenários ou assassinos que lhe perseguem, com o resto do filme a ser focado nas fracas políticas da herdade de Zoe e a sua madrasta. As ruas perigosas de Marrocos, mostram serem difíceis de se passarem despercebidas, com o duo em modo de sobrevivência permanente.


As várias tentativas que o filme faz para puxar algum interesse neste thriller acabam por ser rapidamente desmanchadas com confrontos previsíveis e uma linha narrativa que já vimos ser feita melhor em dezenas de outras películas semelhantes, sendo este exemplo do mais medíocre que já se viu ultimamente. É bom suficiente para vermos alguma violência duma benfeitora, mas não tão bom quando esperamos que a história se desenvolva em algo mais interessante.

No fim, Close não oferece nada demais além de uma narrativa básica que se limita a ser uma demonstração do quão incrível são os dotes marciais de Rapace, sendo a grande heroína desta história previsível. Tentando salvar-se da sua própria desgraça tarde demais, o final parece ter sido apressado a modo de atar o máximo de pontas soltas em menos tempo possível, acabado por se tornar inteiramente esquecível.

Nota Final: 2/5 (originalmente 4/10)


Originalmente publicado em Central Comics a 20 de Janeiro de 2019.

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