21 de outubro de 2018

Unfriended: Dark Web (2018)


Quando em 2014 o primeiro Unfriended fez furor como o "filme de terror em full-screen", o mesmo deu o que acabaria por ser o primeiro passo de muitos para um novo sub-género de terror. Quatro anos depois, o produtor russo Timur Bekmambetov, juntamente com o já reconhecido Jason Blum, exploram mais além o conceito de causar medo através dum ecrã de computador em Unfriended: Dark Web.

Nesta sequela, acompanhamos a vida de Matias O'Brien (Colin Woodell), um jovem que tem um MacBook novo, que parece ter sido usado antes por outra pessoa. Matias descobre que grande parte do disco rígido está ocupado com ficheiros escondidos, neste caso vídeos de vigilância ilegais, que rapidamente desencadeiam uma série de consequências não só para ele mas também para os seus amigos na video-chamada.


A primeira coisa que reparamos é que o filme regressa novamente ao mesmo setup do filme anterior. Tanto o Skype, o Facebook e o Spotify, tornam-se assim em programas fundamentais para causarem terror, desta vez com uma abordagem temática mais realista que o filme anterior.

Ao irmos mais fundo do conceito da narrativa, neste caso o grande bicho de sete cabeças que é a Dark Web, tirando grande parte da sua inspiração do antigo site de vendas no mercado negro, Silk Road, onde se poderia comprar de tudo, desde drogas, armas, assassinatos, entre outros. O que significa que os vilões desta história são hackers talentosos em fazer o mal e que não irão parar até terem o computador e os seus conteúdos de volta.

Stephen Susco estreia-se na realização neste filme que também escreveu, priorizando o medo real das decisões das várias personagens, como também mostrando a forma que os hackers são capazes, através do uso da tecnologia, manipular tudo para provar um ponto.


Enquanto que o primeiro filme fiava-se nos jump scares tradicionais e uma história ligada ao sobrenatural, a sequela é capaz de quebrar alguns dos limites impostos pelo seu formato, tendo menos receio em correr riscos, sendo que maioritariamente deles acabam por resultar em benefício do medo que quer causar. Ainda que alguns visuais podem causar uma má impressão, sobretudo quando as coisas ficam mais tensas, o restante acaba por ser compensado por uma narrativa que quer causar um terror verdadeiro no espectador-

No fim, Unfriended: Dark Web é a evolução que emendou alguns dos problemas do filme anterior, conseguindo proporcionar mais momentos de terror, suscitando igualmente uma curiosidade sobre o que o lado negro da Internet esconde.

Nota Final: 3.5/5

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.