5 de outubro de 2018

Venom (2018)


Após o sucesso de Homem-Aranha: Regresso a Casa, um filme fruto da parceria com a Marvel Studios, a Sony sentiu-se confiante o suficiente para ir mais além do universo do aracnídeo com Venom, mas ficou desta vez fora da Marvel Cinematic Universe (MCU).

Quando Venom surgiu no final da trilogia do Homem-Aranha, realizado por Sam Raimi, o próprio filme sofreu com a multitude de personagens e um retrato do symbiote de uma forma que não agradou a ninguém, tendo sido posto de lado. Mas ainda assim, a Sony quis usar essa nova confiança para reviver um dos anti-heróis mais queridos da banda desenhada.


Neste filme, conhecemos Eddie Brock (Tom Hardy), um jornalista conhecido por fazer as perguntas difíceis e com um estilo guerrilha, tendo a sua sorte acabado depois de entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), líder cientifico da Life Foundation, cuja obsessão por salvar a humanidade de si própria acaba por matar mais pessoas durante os testes. Drake também é a pessoa responsável por trazer do espaço uma amostra de organismos alienígena, tendo uma delas escapado pelo mundo.

Seis meses depois do incidente, Brock bateu no fundo e vive uma vida sossegada, até que é abordado por Dora Sikth (Jenny Slate), que lhe mostra que Drake tem tido sucesso em ligar o symbiote a um humano, mas não a 100%. Brock decide investigar e acaba por se ligar a Venom, que toma conta do seu corpo e da sua mente.


Assim que ambas entidades dão se conta um do outro, surge uma relação... simbiótica entre dois, criando momentos de muita comédia que são, maioritariamente, engraçadas.Como do outro lado, também criam algumas cenas de confusão.

É talvez esse o maior problema de Venom, um filme que sente-se muito que vai buscar as ideias da MCU e tenta aplicá-las duma outra forma, o que nem sempre resulta em seu benefício. Isto para não dizer que Venom não tenha pontos positivos, eles realmente existem, mas acabam por se perder quando decide descair para algo banal e já esperado.

É de notar que a violência nunca é extrema, ainda que bate um pouco naquilo que esperamos da personagem. Porém, não conseguimos deixar de imaginar um mundo onde este filme fosse num tom mais adulto, onde o extremo teria sido bom de ser ver.


Venom é o tipo de filme de banda desenhada que mistura um argumento com diálogos algo estranhos, com uma acção irreverente e, muitas vezes, inconsequente. Ainda que Tom Hardy aprendeu a ter piada e encontrar um bom balanço entre os seus pontos fortes e fracos, no fim resta-nos um filme de anti-heróis que está confuso entre dar uma nostalgia dos filmes do género nos anos '00 e fazer algo de novo e espectacular.

Nota Final: 2/5

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