6 de maio de 2020

Blade II (2002)


São raros os filmes que merecem uma sequela que mergulha no universo da personagem que acompanhamos. É discutível se Blade é um desses casos, mas quando o realizador mexicano Guillermo del Toro é quem é confiada essa sequela, é apenas natural abrirmos rapidamente os braços a Blade II.

Dois anos depois dos eventos do primeiro filme, Blade (Wesley Snipes) vai em busca do seu amigo Whistler (Kris Kristofferson), a quem julgava morto. Como se não bastasse, existe uma nova e mais poderosa ameaça que força os vampiros a procurarem Blade, em busca de uma aliança, para derrotar o tão temido Nomak (Luke Goss), responsável pela morte de diversos vampiros.


Mal começa o filme quando nos deparamos com uma notória evolução de quase todos os aspectos que o filme nos apresentou, com cenas de luta mais rápidas e concisas, como também inimigos mais resistente, que requerem algum tipo de upgrade, já que estes são mais eficazes a causar danos sérios. Ainda assim, grande parte das vezes, mantém-se divertidas de ver, com Snipes a conseguir manter o registo do filme anterior, agora com menos catchphrases e mais acção coreografada.

Desta vez Blade não está sozinho, tem ao seu lado um pequeno exército de vampiros com diversos talentos, entre eles Nyssa (Leonor Varela), Reinhard (Ron Perlman), Snowman (Donnie Yen), e muitos outros, que acabam por ter um grau de relevância variado durante todo o filme. Felizmente, e porque não seria um filme de Del Toro sem ele, podemos contar com a inclusão de criaturas sanguessugas e com vida própria, algo que em 2002 já era algo muito próprio do realizador.


Outro dos aspectos onde parece ter havido algum tipo de progresso é na forma que algumas sequências demoram a desenvolver, culminando em fantásticos momentos cinematográficos, sobretudo cenas de muita acção, onde sentimos que o desfecho é que alto risco. É aqui que Nomak contribui mais como o novo vilão, alguém cuja inteligência é racionalidade permitem causar um caos controlado e magoar os seus oponentes sem remorsos, com algumas reviravoltas interessantes pelo meio, que mantêm os olhos no ecrã.

Assim, Blade II orgulha-se em ser uma das poucas sequelas que, para todos os efeitos, é melhor que o primeiro, fruto do talento de um realizador que, na altura, víamos ter uma percepção muito inovadora, mais que nos dias que correm. A isto se junta mais um argumento escrito por David S. Goyer, da qual desejávamos que se juntassem novamente, fomentando a definição de "filme de culto".

Nota Final: 4/5

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